Abro aqui meu peito infertil.
Me cure de mim.
Me impregnei com ideias e ideais tão fortes, que já não consigo ser diferente.
Consegui duplicar e realocar um segundo cérebro pra dentro do peito, e meu coração deve estar por aí, empalhado em algum antiquario.
Virou reliquia.
Virou estigma, cicatriz daquilo que não há.
Me dê um final, daqueles dramáticos dignos de aplausos e choros desatinados por falta de mim.
Eu não choraria, pra que chorar?
Mas me cure de mim.
Sempre fui navegada por aquele orgãozinho pulsante e vermelhinho, que fazia um barulhão aqui dentro.
Hoje tudo é silêncio, e ninguém sabe o que faz falta.
Meu rim diz que falta água, meu estômago reclama da comida, o pulmão dos cigarros...
A verdade é que sobra espaço, sobra vazio.
Então por favor me cure de mim.
Eu não passo disso, um grande espaço vazio, envolto de decepçoes e expectativas, e mistérios e histórias.
E quantas histórias tristes nós temos pra contar?
Eu só tenho uma.
A minha.
E é quando meu peito dói e aperta, quando não há espaço para mais nada além de sentir que tenho duas opções: Ou transbordo em letras, ou em lágrimas.
agosto 28, 2013
agosto 24, 2013
Você NÃO tem esse direito
Tenho as pernas tortas e compridas, sempre as tive
Dedos longos, quadris largos e uma sina com cabelo.
Quase não tenho seios, mas isso nunca me incomodou.
Detesto minhas orelhas, e minhas costelas saltadas por conta da bronquite.
Não gosto dos meus pés, mas adoro minhas canelas de sabiá, e meu nariz.
Meus braços extremamente longos me incomodam um pouco, pois acabo desengonçada.
Mas adoro minhas costas, e meus ombros e meu pescoço.
Gosto das marcas do meu corpo, tanto das que foram como das que não foram de propósito.
Cicatrizes recentemente adquiridas por conta de um descuido, ou então as três pintas prediletas que tenho, duas no canto do olho, e uma no canto da boca, todas do lado direito do rosto.
Gosto das minhas tatuagens, todas elas são envoltas de significados, e lembro de cada fisgada enquanto a agulha rasgava minha pele.
A verdade é que me construí com extremo esmero, cada palavra, cada jargão, cada chatice, tão meus que nem sei como...
Então, me perdoa, você não tem esse direito.
Eu tenho direitos autorais sobre mim, e não, eu não sou um personagem seu.
Eu sou uma personagem minha, às vezes vilã, às vezes heroína, mas sempre muito minha, sempre muito eu.
Eu me empresto para seus contos, deixo usar-me de inspiração, mas não tente me tomar pra si.
Eu existo independente de você.
Não que você não tivesse capacidade, mas não foi você quem me criou.
Em contrapartida, eu tenho fé de que se eu não existisse, você me inventaria.
Dedos longos, quadris largos e uma sina com cabelo.
Quase não tenho seios, mas isso nunca me incomodou.
Detesto minhas orelhas, e minhas costelas saltadas por conta da bronquite.
Não gosto dos meus pés, mas adoro minhas canelas de sabiá, e meu nariz.
Meus braços extremamente longos me incomodam um pouco, pois acabo desengonçada.
Mas adoro minhas costas, e meus ombros e meu pescoço.
Gosto das marcas do meu corpo, tanto das que foram como das que não foram de propósito.
Cicatrizes recentemente adquiridas por conta de um descuido, ou então as três pintas prediletas que tenho, duas no canto do olho, e uma no canto da boca, todas do lado direito do rosto.
Gosto das minhas tatuagens, todas elas são envoltas de significados, e lembro de cada fisgada enquanto a agulha rasgava minha pele.
A verdade é que me construí com extremo esmero, cada palavra, cada jargão, cada chatice, tão meus que nem sei como...
Então, me perdoa, você não tem esse direito.
Eu tenho direitos autorais sobre mim, e não, eu não sou um personagem seu.
Eu sou uma personagem minha, às vezes vilã, às vezes heroína, mas sempre muito minha, sempre muito eu.
Eu me empresto para seus contos, deixo usar-me de inspiração, mas não tente me tomar pra si.
Eu existo independente de você.
Não que você não tivesse capacidade, mas não foi você quem me criou.
Em contrapartida, eu tenho fé de que se eu não existisse, você me inventaria.
agosto 21, 2013
Vingança é um prato que se come fervendo
Nunca fui uma pessoa vingativa, de verdade
Sempre achei que a vida proporciona o que cada um merece, de acordo com o que merece, e quando merece...
Mas ahhh, vingança é um prato que se saboreia fervendo.
Não que seja de propósito e eu juro que nunca foi
Mas a vida por si só me proporcionou a oportunidade de dar o troco, na mesma moeda, ou em outra moeda qualquer
Como diz o ditado, a ocasião faz o ladrão, e nesse caso eu sou uma larápia de primeira linha.
Entendam, não que eu sinta vontade de me justificar ou algo do tipo, mas a minha filosofia de vida é extremamente simples, e é a seguinte: Eu faço o que eu quero.
Se eu não estou nessa vida pra suprir meus desejos e vontades e quebrar a cara ou acertar de vez em quando para o meu próprio aprendizado, estou aqui pra quê?
Pra servir os outros?
JAMAIS.
Não nasci pra servir ninguém, e ninguém nasceu pra servir a mim...
Não acredito em pirâmides ou cadeia alimentar.
Acontece que entre as oportunidades de fazer o que eu tenho vontade, minhas vontades coincidiram com um tempero doce de vingança, que só é boa mesmo quando queima lingua... igual brigadeiro de panela.
Não me julguem, não é necessário, eu sou ruim mesmo, nunca disse que era diferente.
Mas ruindade é uma coisa, manipulação é outra.
Minha maldade ainda é em um nível sincero, eu não armo esquemas mirabolantes seguidos de mentiras de pernas curtas e cabeludas.
Não.
Não saí de nenhuma novela onde forjo provas e afins, pra me dar bem...
Minhas vinganças simplesmente acontecem, como se a vida me desse o alvará para tal...
"Toma, é seu" é mais ou menos o que eu ouço toda vez que algo do genêro me ocorre... e de novo aquele gosto de brigadeiro queimando na boca.
Se a vida por si só me da a razão, eu não poderia estar tão errada.
E como é doce o gosto da vingança.
Sempre achei que a vida proporciona o que cada um merece, de acordo com o que merece, e quando merece...
Mas ahhh, vingança é um prato que se saboreia fervendo.
Não que seja de propósito e eu juro que nunca foi
Mas a vida por si só me proporcionou a oportunidade de dar o troco, na mesma moeda, ou em outra moeda qualquer
Como diz o ditado, a ocasião faz o ladrão, e nesse caso eu sou uma larápia de primeira linha.
Entendam, não que eu sinta vontade de me justificar ou algo do tipo, mas a minha filosofia de vida é extremamente simples, e é a seguinte: Eu faço o que eu quero.
Se eu não estou nessa vida pra suprir meus desejos e vontades e quebrar a cara ou acertar de vez em quando para o meu próprio aprendizado, estou aqui pra quê?
Pra servir os outros?
JAMAIS.
Não nasci pra servir ninguém, e ninguém nasceu pra servir a mim...
Não acredito em pirâmides ou cadeia alimentar.
Acontece que entre as oportunidades de fazer o que eu tenho vontade, minhas vontades coincidiram com um tempero doce de vingança, que só é boa mesmo quando queima lingua... igual brigadeiro de panela.
Não me julguem, não é necessário, eu sou ruim mesmo, nunca disse que era diferente.
Mas ruindade é uma coisa, manipulação é outra.
Minha maldade ainda é em um nível sincero, eu não armo esquemas mirabolantes seguidos de mentiras de pernas curtas e cabeludas.
Não.
Não saí de nenhuma novela onde forjo provas e afins, pra me dar bem...
Minhas vinganças simplesmente acontecem, como se a vida me desse o alvará para tal...
"Toma, é seu" é mais ou menos o que eu ouço toda vez que algo do genêro me ocorre... e de novo aquele gosto de brigadeiro queimando na boca.
Se a vida por si só me da a razão, eu não poderia estar tão errada.
E como é doce o gosto da vingança.
agosto 15, 2013
Sina
Eis que esta é minha sina
Nosso gosto musical é diferente
Nossos times de futebol não coincidem
Eu nunca gostei de rosa, aliás eu detesto rosa
Não suporto ter o cabelo passando dos ombros
E por você eu não os cortaria jamais
Você gosta de dançar
Eu gosto de me expressar
Eu não sou delicada, eu vivo descabelada
Eu não ligo pra nada
Eu gosto de cicatrizes
Pra você qualquer marca na pele é absurda
Você é cuidadosa
Eu desvairada
Eu detesto coisas de menininha, eu não gosto de frescurinha
Eu não suporto indecisão, falta de posição
Já você tem paciência, e quase é pacífica
Eu sou guerra, sou tempestade
Você, brisa leve, calmaria
Eis que esta é minha sina
Ser ovelha negra
Da minha família
Nosso gosto musical é diferente
Nossos times de futebol não coincidem
Eu nunca gostei de rosa, aliás eu detesto rosa
Não suporto ter o cabelo passando dos ombros
E por você eu não os cortaria jamais
Você gosta de dançar
Eu gosto de me expressar
Eu não sou delicada, eu vivo descabelada
Eu não ligo pra nada
Eu gosto de cicatrizes
Pra você qualquer marca na pele é absurda
Você é cuidadosa
Eu desvairada
Eu detesto coisas de menininha, eu não gosto de frescurinha
Eu não suporto indecisão, falta de posição
Já você tem paciência, e quase é pacífica
Eu sou guerra, sou tempestade
Você, brisa leve, calmaria
Eis que esta é minha sina
Ser ovelha negra
Da minha família
agosto 12, 2013
Aprendi a ser completa
Cheguei em um ponto na vida em que nada mais me assusta
Nem ao menos a morte me intimida.
Não tenho mais medo
Não tenho nenhum medo
Nem de perdas ou ganhos
Também não me impressiono mais tão fácil
Passei a lidar com as coisas exatamente da forma com que elas são
Passageiras, volateis, solúveis
E digo solúveis porque toda e qualquer situação é facilmente diluida em um abraço confortável
Aprendi a diluir, ao invés de destilar, veneno e rancor
Sentir dor, sem sofrer
Chamem de conformismo, de inércia
Eu chamo de plenituide
Eu sou quem eu sou, sou quem me tornei
E hoje, depois de trancos e barrancos, e apunhaladas e decepções
Eu me basto.
Eu sei, é algo lindo, porém egocêntrico e egoísta, mas é a verdade
Eu me basto pra mim, eu me sou suficiente
E não tenho vergonha, de mim, ou da minha história, ou do que fiz. ou deixei de fazer
Pelo simples fato de ser meu
Em contrapartida, aprendi a ser intolerante
Inconsequente, pedante...
É tanta segurança que me tornei uma pessoa rude, grosseira
Mas por favor, não me intrerpretem mal, ou me interpretem, como quiserem
Eu só não ligo mais...
Diluí tanto, que todas as emoções tornaram-se água...
insipidas, inodoras, e sem cor...
Nem ao menos a morte me intimida.
Não tenho mais medo
Não tenho nenhum medo
Nem de perdas ou ganhos
Também não me impressiono mais tão fácil
Passei a lidar com as coisas exatamente da forma com que elas são
Passageiras, volateis, solúveis
E digo solúveis porque toda e qualquer situação é facilmente diluida em um abraço confortável
Aprendi a diluir, ao invés de destilar, veneno e rancor
Sentir dor, sem sofrer
Chamem de conformismo, de inércia
Eu chamo de plenituide
Eu sou quem eu sou, sou quem me tornei
E hoje, depois de trancos e barrancos, e apunhaladas e decepções
Eu me basto.
Eu sei, é algo lindo, porém egocêntrico e egoísta, mas é a verdade
Eu me basto pra mim, eu me sou suficiente
E não tenho vergonha, de mim, ou da minha história, ou do que fiz. ou deixei de fazer
Pelo simples fato de ser meu
Em contrapartida, aprendi a ser intolerante
Inconsequente, pedante...
É tanta segurança que me tornei uma pessoa rude, grosseira
Mas por favor, não me intrerpretem mal, ou me interpretem, como quiserem
Eu só não ligo mais...
Diluí tanto, que todas as emoções tornaram-se água...
insipidas, inodoras, e sem cor...
agosto 07, 2013
A inventora de histórias
Sempre fui assim
Uma inventora de historias
Começo e termino histórias como quem começa e termina um copo d'água quando tem sede.
E como tenho sede de historias!
Que bela dança em ciranda fazem as letras em minha cabeça, em uma rima de ciranda sem fim nem começo, em bolas de sabão coloridas, um arco-íris tão meu.
Se faz roda, como um vicio, assim é escrever, um ciclo de heróis e fadas, centauros e medusas.
Acaba que a mocinha é o vilão, o vilão é só alguém que se machucou no caminho, e no fundo era bonzinho.
Vai entender, as historias somente nascem de mim, nada mais sou do que uma parideira de contos.
E dizem que "Quem conta um conto aumenta um ponto", mas eu prefiro virgulas e reticências...
E de novo a história gira, o mundo gira, minha cabeça gira em idéias e aí vem mais uma história, e se na metade não tomar o rumo que eu quero eu começo de novo, e recomeço, e tudo de novo quantas vezes eu quiser.
Afinal, eu faço a história que eu quiser, e invento do meio o começo e de um começo o fim quantas vezes forem necessárias.
Afinal, sou uma inventora de historias, como não poderia ser responsável pela minha?
julho 30, 2013
Muralha da China
Tijolo por tijolo, bloco por bloco
Algumas espátulas de cimento ou qualquer outra coisa
Tijolo por tijolo, meia dúzia de palavras bonitas
e lágrimas aos rios
Bloco por bloco, algumas espátulas de desamor ou qualquer outra coisa
E pedaços espalhados
Tijolo, bloco, cimento e janela...
Janela?
Não, sem janela.
Tijolo, bloco,cimento, palavras bonitas, lágrimas aos rios, espátulas de desamor, ou qualquer outra coisa, e sem janelas.
Sem janelas.
Sem portas sem buracos, sem passagens, sem pontes elevadiças.
Sem pontes elevadiças.
Tijolo por tijolo, bloco por bloco
Algumas espátulas de cimento ou qualquer coisa
Mais tijolos, mais blocos
Mais cimento ou qualquer outra coisa
Qualquer outra coisa
Muralha
Sorriso por sorriso, abraço por abraço
Alguns beijos apaixonados ou com qualquer outra coisa
Bloco por bloco
ao chão
Tijolo por tijolo
ao chão
De nada me vale o cimento
Meia dúzia de palavras bonitas,
E lágrimas aos rios.
Desamor.
E pedaços espalhados.
Tijolo, por tijolo...
Algumas espátulas de cimento ou qualquer outra coisa
Tijolo por tijolo, meia dúzia de palavras bonitas
e lágrimas aos rios
Bloco por bloco, algumas espátulas de desamor ou qualquer outra coisa
E pedaços espalhados
Tijolo, bloco, cimento e janela...
Janela?
Não, sem janela.
Tijolo, bloco,cimento, palavras bonitas, lágrimas aos rios, espátulas de desamor, ou qualquer outra coisa, e sem janelas.
Sem janelas.
Sem portas sem buracos, sem passagens, sem pontes elevadiças.
Sem pontes elevadiças.
Tijolo por tijolo, bloco por bloco
Algumas espátulas de cimento ou qualquer coisa
Mais tijolos, mais blocos
Mais cimento ou qualquer outra coisa
Qualquer outra coisa
Muralha
Sorriso por sorriso, abraço por abraço
Alguns beijos apaixonados ou com qualquer outra coisa
Bloco por bloco
ao chão
Tijolo por tijolo
ao chão
De nada me vale o cimento
Meia dúzia de palavras bonitas,
E lágrimas aos rios.
Desamor.
E pedaços espalhados.
Tijolo, por tijolo...
julho 27, 2013
Grilo da sorte
Estou impregnada.
Sentada na minha cadeira como de costume, tentando me curar da ressaca de dois dias atrás,completamente impregnada.
Curtida em alcool. com frio, e meu Deus, como faz frio quando a gente não tem nada que aqueça a alma.
E quando a mesma é fria, o corpo padece em tremores e soluços, mas não sente.
Ainda assim, estou impregnada. Estampada em cada letra e verso, em cada raiva incontralada de não ter, e querer demais.
Estou eu ali, e aqui, estou eu escrevendo por você ou por mim?
Estou completamente impregnada.
Cada letra que escrevo sinto como se fossem seus dedos tamborilando no teclado,enquanto eu fumo um cigarro esperando você terminar de se deleitar na memória de mim.
Eu gosto disso, gosto de ser motivo, falta de razão, gosto de no mundo, ser o mundo de alguém.
Não foi de proposito, nunca é de propósito, eu só sou assim, e me desculpe por isso.
Ainda que minhas desculpas te irritem mais, elas são necessárias, pois é a única coisa que posso fazer é isso, e eu preciso fazer alguma coisa.
Sou como um grilo da sorte, te trago toda a inspiração, e você me inspira também, como não?
Mas como você mesmo diz, sou um ser mitológico, greco-romano, de encantamentos e sereias, e bailarinas e marinheiros, Repito, mitológico.Um mito, mas sem lógica nenhuma.
Mágica não tem lógica, paixão também não.
Acontece que, o que nesse mundo é melhor inspiração pra um escritor do que o próprio enredo?
E é tão bom ler-se no enredo alheio, ver-se em história, em prosa nas mãos de outrém.
Por isso digo, eu sou a lâmpada da sua idéia, seu grilo da sorte, que aparece e vai embora.
E não faz sentido nenhum ter-me, porém.
Sentada na minha cadeira como de costume, tentando me curar da ressaca de dois dias atrás,completamente impregnada.
Curtida em alcool. com frio, e meu Deus, como faz frio quando a gente não tem nada que aqueça a alma.
E quando a mesma é fria, o corpo padece em tremores e soluços, mas não sente.
Ainda assim, estou impregnada. Estampada em cada letra e verso, em cada raiva incontralada de não ter, e querer demais.
Estou eu ali, e aqui, estou eu escrevendo por você ou por mim?
Estou completamente impregnada.
Cada letra que escrevo sinto como se fossem seus dedos tamborilando no teclado,enquanto eu fumo um cigarro esperando você terminar de se deleitar na memória de mim.
Eu gosto disso, gosto de ser motivo, falta de razão, gosto de no mundo, ser o mundo de alguém.
Não foi de proposito, nunca é de propósito, eu só sou assim, e me desculpe por isso.
Ainda que minhas desculpas te irritem mais, elas são necessárias, pois é a única coisa que posso fazer é isso, e eu preciso fazer alguma coisa.
Sou como um grilo da sorte, te trago toda a inspiração, e você me inspira também, como não?
Mas como você mesmo diz, sou um ser mitológico, greco-romano, de encantamentos e sereias, e bailarinas e marinheiros, Repito, mitológico.Um mito, mas sem lógica nenhuma.
Mágica não tem lógica, paixão também não.
Acontece que, o que nesse mundo é melhor inspiração pra um escritor do que o próprio enredo?
E é tão bom ler-se no enredo alheio, ver-se em história, em prosa nas mãos de outrém.
Por isso digo, eu sou a lâmpada da sua idéia, seu grilo da sorte, que aparece e vai embora.
E não faz sentido nenhum ter-me, porém.
julho 22, 2013
Nunca fui sua.
Fui barro e chão.
Fui planta e mineral.
Fui tudo e nada.
Fui lava.
Fui fogo e ferro.
Fui santa e incrédula.
Fui o demônio com fé.
Fui o primeiro raio de sol.
Fui o primeiro pingo de chuva.
O primeiro beijo, o primeiro passo, a primeira dança.
Fui o ultimo suspiro.
O ultimo trago, o ultimo amor, o ultimo olhar.
Fui primeiro e ultimo.
Fui o do meio
O da ponta, o terceiro.
Fui o banheiro.
O quarto, o quinto dos infernos, da sala vazia.
Fui minha mãe, fui minha filha.
Fui incômodo, fui cômodo
Fui sala e cozinha.
Fui bule, fui chá e café
Fui biscoito, bolo e bolacha
Fui anjo, fui ternura, fui perdição.
Fui perdida e encontrada, fui achada e perdida.
Fui eu, fui você, fui mundo e fundo
Fui fosso, fui fossa, fui poça de alegria
Fui fonte e nascente
Fui poente
Fui cheiro e sabor
Fui toda amor, fui plena dor
Mas nunca fui sua.
Fui planta e mineral.
Fui tudo e nada.
Fui lava.
Fui fogo e ferro.
Fui santa e incrédula.
Fui o demônio com fé.
Fui o primeiro raio de sol.
Fui o primeiro pingo de chuva.
O primeiro beijo, o primeiro passo, a primeira dança.
Fui o ultimo suspiro.
O ultimo trago, o ultimo amor, o ultimo olhar.
Fui primeiro e ultimo.
Fui o do meio
O da ponta, o terceiro.
Fui o banheiro.
O quarto, o quinto dos infernos, da sala vazia.
Fui minha mãe, fui minha filha.
Fui incômodo, fui cômodo
Fui sala e cozinha.
Fui bule, fui chá e café
Fui biscoito, bolo e bolacha
Fui anjo, fui ternura, fui perdição.
Fui perdida e encontrada, fui achada e perdida.
Fui eu, fui você, fui mundo e fundo
Fui fosso, fui fossa, fui poça de alegria
Fui fonte e nascente
Fui poente
Fui cheiro e sabor
Fui toda amor, fui plena dor
Mas nunca fui sua.
julho 20, 2013
Loucura em doses homeopáticas
Sou maluca.
Simples assim.
Não tem mistério nenhum, nem definição, nem merda nenhuma que possam usar para me rotular diferente.
Maluca, tan-tan, lelé da cuca, muy loco del coco, como quiserem.
Conhecem gente louca? Que baba, e balança as mãos loucamente e vocaliza qualquer vogal misturada com um M no meio?
Pois bem, estou quase lá. Eu disse quase.
Tenho doses homeopáticas de loucura distribuídas em surtos psicoticos/neuroticos/autodestrutivos.
É quase como um porre de loucura, eu tomo todas da minha maluquês, fico muito louca, e no dia seguinte tenho a ressaca. E que ressaca.
É porque loucura boa mesmo, daquelas fortes, são aquelas com flashes de sanidade.
De nada me vale ser maluca e não saber, não é mesmo?
Tenho que sentir a culpa dos meus atos, e ficar me perguntando o porque de ser assim e aquela coisa toda.
Aquele dramalhão de sempre, que é a linha que minha vida segue.
Porque além de louca eu sou dramática.
E como eu sou dramática! Essa tal de Gloria Perez ia chorar de emoção com a obra prima da minha vida.
Não que eu seja dramática por opção, a vida quis assim, e quem sou eu pra desrespeitar a vontade de uma força maior?
Eu sou só eu, assim, pele e osso, e um pouquinho de carne e alma, aqui e ali.
Tudo tão misturado que não sei dizer o que é pecado e o que é santo.
Pobre da minha alma que atura meu corpo, pobre do meu corpo que aguenta o peso da minha alma.
E assim a vida segue, dizem que todo maluco tem algo de genial, espero que eu descubra minha genialidade antes de babar e balançar os braços, pra poder justificar a minha enorme loucura esporádica.
E a minha loucura mais maluca, minha vontade mais louca era de ter alguém tão louco quanto eu, e o melhor, louco por mim.
Teimosia minha.
Todo louco é meio teimoso, todo teimoso é meio dramático, e eu sou de todos eles, mais do que deveria.
Simples assim.
Não tem mistério nenhum, nem definição, nem merda nenhuma que possam usar para me rotular diferente.
Maluca, tan-tan, lelé da cuca, muy loco del coco, como quiserem.
Conhecem gente louca? Que baba, e balança as mãos loucamente e vocaliza qualquer vogal misturada com um M no meio?
Pois bem, estou quase lá. Eu disse quase.
Tenho doses homeopáticas de loucura distribuídas em surtos psicoticos/neuroticos/autodestrutivos.
É quase como um porre de loucura, eu tomo todas da minha maluquês, fico muito louca, e no dia seguinte tenho a ressaca. E que ressaca.
É porque loucura boa mesmo, daquelas fortes, são aquelas com flashes de sanidade.
De nada me vale ser maluca e não saber, não é mesmo?
Tenho que sentir a culpa dos meus atos, e ficar me perguntando o porque de ser assim e aquela coisa toda.
Aquele dramalhão de sempre, que é a linha que minha vida segue.
Porque além de louca eu sou dramática.
E como eu sou dramática! Essa tal de Gloria Perez ia chorar de emoção com a obra prima da minha vida.
Não que eu seja dramática por opção, a vida quis assim, e quem sou eu pra desrespeitar a vontade de uma força maior?
Eu sou só eu, assim, pele e osso, e um pouquinho de carne e alma, aqui e ali.
Tudo tão misturado que não sei dizer o que é pecado e o que é santo.
Pobre da minha alma que atura meu corpo, pobre do meu corpo que aguenta o peso da minha alma.
E assim a vida segue, dizem que todo maluco tem algo de genial, espero que eu descubra minha genialidade antes de babar e balançar os braços, pra poder justificar a minha enorme loucura esporádica.
E a minha loucura mais maluca, minha vontade mais louca era de ter alguém tão louco quanto eu, e o melhor, louco por mim.
Teimosia minha.
Todo louco é meio teimoso, todo teimoso é meio dramático, e eu sou de todos eles, mais do que deveria.
julho 19, 2013
Centauro
As doses de whisky desciam doces e quentes pela minha garganta.
Era meu predileto, Jameson.
Completamente fora do comum encontra-lo em qualquer lugar que não fosse em uma garrafa em casa.
Clube do whisky, pensei.
Estava eu em um Pub, meio rock n' roll, mas sem rock n' roll nenhum.
As musicas eram melosas, e o whisky descia quente pela minha garganta, havia uma cabine telefônica inglesa, e um telão com futebol, uma escadaria que crescia a cada dose que eu tomava.
Whisky quente e aquele calor foi aquecendo minha garganta, meu toráx e todos os órgão envolvidos nessa região.
Eu tinha dado um basta naquela história. Aquele meu " homem da máscara de ferro" ja tinha tomado de mim todas as doses que eu tinha a oferecer, minha garrafa estava vazia,meu estômago e meu copo também.
Mais uma dose, cada uma vinham duas, cada duas vinham quatro, musica melosa, e uma mensagem.
A mensagem não foi minha, mas foi pra mim.
Teria o cavaleiro caído do cavalo? Não sei, vamos averiguar.
Copo cheio, estômago vazio, e mais mensagens.
Coração se aquecendo, meu Deus seria o whisky ou o que?
Meia dose, uma dose, uma garrafa inteira de mim se enchendo como um refil magico de esperança.
Eu ja não estava em mim, será que ele teria caído em si?
Disse... desmanchei-me em palavras doces, sussurros em letras, carinhos em curvas, o que eu teria a perder?
Absolutamente nada, eu ja tinha feito tudo, uma decisão minha feita por mim, e para mim.
Mas era tão dificil resistir aquele carinho disfarçado de eu não me importo, aquela saudade disfarçada de não preciso de ninguém.
Ou será que eu quis acreditar que fosse assim, sentir sem sentimento, era tudo que me podia ser oferecido?
Mais doses, menos garrafa, e eu já transbordava em amor, um amor que nem mesmo eu sabia que sentia, e que com certeza me traria dores de cabeça no dia seguinte.
Fecha o Pub, adeus whisky, ola coração.
Me perco nas batidas latinas da musica no carro, na tontura, de tantas idéias mirabolantes que me passam pela cabeça, que de oca nunca teve nada.
Cheguei a me animar com a idéia de talvez sentir algo outra vez... já faz tanto tempo.
Tantos galanteios e flores morrendo em vasos, em vão. Nada daquilo me fazia sentir.
Será que o cavaleiro havia caído do cavalo?
Pois então que vem o dia seguinte, e o sono, e a preocupação, e a dor de cabeça e no fígado que, convenhamos, ja não anda dos melhores.
O alcool que eu ingiro me cura as dores da alma mas adoece todo o resto da carne. Paciência.
A carne é finita e a alma eterna, se algo tem que chegar em bom estado em algum lugar é o espirito, pois que assim seja. Continuemos...
Dia seguinte, e todas as dores devidamente descritas, eis que surge uma questão, depois de tudo que foi dito, por quê?
E como nunca fui mulher de dúvidas, muito pelo contrário, tenho certeza até quando não sei, resolvi questionar meu reluzente cavaleiro, mas era tarde demais.
Sua armadura ja estava posta, sua espada empunhada para cortar meu coração, que ainda estava aquecido, ao meio.
Será que ele caiu do cavalo?
Evidente que não, suas patas estão grudadas à sua cintura como um centauro.
A única diferença é que dessa vez, após o corte, meu coração ao meio, não sangrou.
Era meu predileto, Jameson.
Completamente fora do comum encontra-lo em qualquer lugar que não fosse em uma garrafa em casa.
Clube do whisky, pensei.
Estava eu em um Pub, meio rock n' roll, mas sem rock n' roll nenhum.
As musicas eram melosas, e o whisky descia quente pela minha garganta, havia uma cabine telefônica inglesa, e um telão com futebol, uma escadaria que crescia a cada dose que eu tomava.
Whisky quente e aquele calor foi aquecendo minha garganta, meu toráx e todos os órgão envolvidos nessa região.
Eu tinha dado um basta naquela história. Aquele meu " homem da máscara de ferro" ja tinha tomado de mim todas as doses que eu tinha a oferecer, minha garrafa estava vazia,meu estômago e meu copo também.
Mais uma dose, cada uma vinham duas, cada duas vinham quatro, musica melosa, e uma mensagem.
A mensagem não foi minha, mas foi pra mim.
Teria o cavaleiro caído do cavalo? Não sei, vamos averiguar.
Copo cheio, estômago vazio, e mais mensagens.
Coração se aquecendo, meu Deus seria o whisky ou o que?
Meia dose, uma dose, uma garrafa inteira de mim se enchendo como um refil magico de esperança.
Eu ja não estava em mim, será que ele teria caído em si?
Disse... desmanchei-me em palavras doces, sussurros em letras, carinhos em curvas, o que eu teria a perder?
Absolutamente nada, eu ja tinha feito tudo, uma decisão minha feita por mim, e para mim.
Mas era tão dificil resistir aquele carinho disfarçado de eu não me importo, aquela saudade disfarçada de não preciso de ninguém.
Ou será que eu quis acreditar que fosse assim, sentir sem sentimento, era tudo que me podia ser oferecido?
Mais doses, menos garrafa, e eu já transbordava em amor, um amor que nem mesmo eu sabia que sentia, e que com certeza me traria dores de cabeça no dia seguinte.
Fecha o Pub, adeus whisky, ola coração.
Me perco nas batidas latinas da musica no carro, na tontura, de tantas idéias mirabolantes que me passam pela cabeça, que de oca nunca teve nada.
Cheguei a me animar com a idéia de talvez sentir algo outra vez... já faz tanto tempo.
Tantos galanteios e flores morrendo em vasos, em vão. Nada daquilo me fazia sentir.
Será que o cavaleiro havia caído do cavalo?
Pois então que vem o dia seguinte, e o sono, e a preocupação, e a dor de cabeça e no fígado que, convenhamos, ja não anda dos melhores.
O alcool que eu ingiro me cura as dores da alma mas adoece todo o resto da carne. Paciência.
A carne é finita e a alma eterna, se algo tem que chegar em bom estado em algum lugar é o espirito, pois que assim seja. Continuemos...
Dia seguinte, e todas as dores devidamente descritas, eis que surge uma questão, depois de tudo que foi dito, por quê?
E como nunca fui mulher de dúvidas, muito pelo contrário, tenho certeza até quando não sei, resolvi questionar meu reluzente cavaleiro, mas era tarde demais.
Sua armadura ja estava posta, sua espada empunhada para cortar meu coração, que ainda estava aquecido, ao meio.
Será que ele caiu do cavalo?
Evidente que não, suas patas estão grudadas à sua cintura como um centauro.
A única diferença é que dessa vez, após o corte, meu coração ao meio, não sangrou.
julho 18, 2013
único raio de sol.
Vi um raio de sol despontar no horizonte
por detrás daquele céu turbulento e cheio de mágoas, de um cinza massante, um raio de sol brigava pelo seu lugar.
Furava uma nuvem ou outra que passava, e se aproveitava dos breves intervalos para forçar-se ainda mais por entre aquela massa espessa de pesar.
E como era pesado o pesar.
Por vezes pesava no céu e se precipitava em lágrimas que molhavam o chão, por outras se revoltava em trovões e raios que cortavam minha alma. Em uma revolta por não curar-se de si.
Quem disse que depois da tempestade vinha a bonança não conhecia o meu infinito universo, tão pouco poderia medi-lo ou prevê-lo com unidades meteorológicas ou aparelhos tecnológicos. Nem mesmo eu poderia faze-lo.
A garoa fina era inisistente e gélida, e tomava conta de mim.
Mansa, chove, e chove, calada,, doída, fria.
E persiste enquanto pode.
Maldito nome, maldita sina, maldita eu e nós e todo o resto, maldito frio.
Trovoadas ressonando sem a menor piedade por entre meu corpo, terremotos, maremotos, e todo o resto, me partindo em dois, em dez, em mil.
Maldito nós, maldito você e eu, maldita sina.
Um Universo caótico, desmoronando, se abrindo em valas e Canyons, calamitoso.
Cuspindo lava, chovendo frio.
Por que raios há de haver um raio de sol ali?
por detrás daquele céu turbulento e cheio de mágoas, de um cinza massante, um raio de sol brigava pelo seu lugar.
Furava uma nuvem ou outra que passava, e se aproveitava dos breves intervalos para forçar-se ainda mais por entre aquela massa espessa de pesar.
E como era pesado o pesar.
Por vezes pesava no céu e se precipitava em lágrimas que molhavam o chão, por outras se revoltava em trovões e raios que cortavam minha alma. Em uma revolta por não curar-se de si.
Quem disse que depois da tempestade vinha a bonança não conhecia o meu infinito universo, tão pouco poderia medi-lo ou prevê-lo com unidades meteorológicas ou aparelhos tecnológicos. Nem mesmo eu poderia faze-lo.
A garoa fina era inisistente e gélida, e tomava conta de mim.
Mansa, chove, e chove, calada,, doída, fria.
E persiste enquanto pode.
Maldito nome, maldita sina, maldita eu e nós e todo o resto, maldito frio.
Trovoadas ressonando sem a menor piedade por entre meu corpo, terremotos, maremotos, e todo o resto, me partindo em dois, em dez, em mil.
Maldito nós, maldito você e eu, maldita sina.
Um Universo caótico, desmoronando, se abrindo em valas e Canyons, calamitoso.
Cuspindo lava, chovendo frio.
Por que raios há de haver um raio de sol ali?
julho 17, 2013
Se fosse meu, eu lhe daria
Tamanho o pesar de vê-lo definhar, se fosse meu, eu juro que lhe daria.
Odeio vê-lo, repito ODEIO, vê-lo dessa forma.
É triste, mas não sou o tipo de mulher que se conquista com flores.
É triste mas não sou o tipo de mulher que se conquista, não mais.
Quem compara seu porão fundo e fétido com o meu, consideraria o seu um mar brando de rosas vermelhas.
Você não conhece a minha podridão, porque eu a disfarço, a maquio.Uma bela casca, porém grossa.
E é isso que eu faço de melhor.
Esconder vazio com floreios, colorir uma realidade insípida, que nem ao menos tem direito a tons de cinza.
É um bloco concreto, sem nuances, sem passagens. Uma penitenciária de segurança máxima, para uma única pessoa: Eu.
A única coisa que vem colorindo meus dias tão mais nublados quanto você os vê, têm sido aquele velho batom vermelho, quando me olho no espelho.
Que de vermelho é a unica coisa em meu ser. Meu sangue é lodo, parado em canos por ja não ser bombeado há meses, talvez anos.
Por isso eu lhe digo, com imenso pesar, que se fosse meu eu lhe daria, mas meu coração ja não me pertence.
E se você encontra-lo por ai, em qualquer antiquario, como reliquia, o traga de volta para eu poder limpa-lo e reforma-lo, e quem sabe assim, poder da-lo de presente a você, de aniversário.
Odeio vê-lo, repito ODEIO, vê-lo dessa forma.
É triste, mas não sou o tipo de mulher que se conquista com flores.
É triste mas não sou o tipo de mulher que se conquista, não mais.
Quem compara seu porão fundo e fétido com o meu, consideraria o seu um mar brando de rosas vermelhas.
Você não conhece a minha podridão, porque eu a disfarço, a maquio.Uma bela casca, porém grossa.
E é isso que eu faço de melhor.
Esconder vazio com floreios, colorir uma realidade insípida, que nem ao menos tem direito a tons de cinza.
É um bloco concreto, sem nuances, sem passagens. Uma penitenciária de segurança máxima, para uma única pessoa: Eu.
A única coisa que vem colorindo meus dias tão mais nublados quanto você os vê, têm sido aquele velho batom vermelho, quando me olho no espelho.
Que de vermelho é a unica coisa em meu ser. Meu sangue é lodo, parado em canos por ja não ser bombeado há meses, talvez anos.
Por isso eu lhe digo, com imenso pesar, que se fosse meu eu lhe daria, mas meu coração ja não me pertence.
E se você encontra-lo por ai, em qualquer antiquario, como reliquia, o traga de volta para eu poder limpa-lo e reforma-lo, e quem sabe assim, poder da-lo de presente a você, de aniversário.
julho 12, 2013
Ayuni (Cartas à um beduíno)
[...]
Não podia, não queria.
Abraçava-o com força, tentando transpor meu coração para seu peito, para que assim fosse capaz de sentir.
Na esperança de realmente tocá-lo de alguma forma,me engoli por inumeras vezes.
Eu queria ensiná-lo a amar, e acabei me ensinando.
Ele era inalcansável, intocável, tão meu e tão distante, tão perto e tão sozinho.
Seu coração há tanto fora substituido por quatro patas galopantes e um peito forte.
Não era a prova de balas, mas era a prova de amor.
E eu que por tanto tive meus olhos vagantes, perdidos no infinito.
E portantos e poréns, quiseram por vez, mais de uma vez, tudo aquilo que ele conquistou e não vê.
Não vê porque também tem os olhos vagantes, perdidos em um além, além de mim.
Me mantém aquecida e me faz sentir frio, como dia e noite no deserto.
Como respirar, me ter era um ato inato, mais forte que qualquer tempestade de areia.
Eu tinha que deixa-lo ir, eu tinha que me despedir.
Maktub eles diziam.
Mas eu não conseguia. Eu não podia.
Qua falta me fariam seus trajes azuis, e sua sombra ao horizonte, às vezes vindo, por outras indo.
Seu cheiro de noz moscada me mantinha embriagada, e a lua sorria pra nós, como nossa confidente.
Tão certo quanto o sol que se põe, e se levanta no dia seguinte, ele voltaria.
E não havia água que saciaria minha sede.
Maktub, eles dizem.
Eu encontrei o meu ayuni.
novembro 17, 2011
Bravo ato de covardia
Carta de um (quase) suicida
Uma, duas, três... Eram doces, mas o final já não seria tão doce assim. Era doce o gosto de morte.
Quatro, cinco... e o desespero começa a bater, que tipo de suicida lê a bula mesmo? Ou será que foi só garantia de não tomar o suficiente, ou toma-lo?
Que tipo de seuicida lê a bula? Na dose certa os sinais vitais teriam que ser monitorados, ou seja, corria risco de morte... mas o que seria pior do que o risco de vida que já corria?
Mas quando chegou a hora da sexta eu desisti, o desespero chegou forte, comecei a ofegar, o coração disparou, o que eu estava fazendo?
Com o perdão da piada maldosa, eu morria de medo de morrer, então por que fazia aquilo?
O que me levou a atitude drástica de tirar uma vida, e pior de tudo, a minha.
Gritei, gritei e gritei... de dor, de ódio, de raiva, de dor de novo.
E que dor, meu Deus, que dor.
E então gritei pela minha mãe, que no meu breve momento de sanidade, se perdeu no meu desespero (e no dela).
Garanto que, se eu sobrevivesse, ela me mataria depois, aliás, por pouco não me ajudou a terminar o serviço, garantindo o sucesso dos meus planos.
E entre prantos e devaneios eu disse, a frase que resumia tudo: "Tudo que eu toco apodrece".
Não me lembro direito do resto, só me lembro de repetidas vezes dizer NÃO, agora não sei se negava o que me era oferecido, ou se negava o que eu mesmo tinha me proporcionado.
Me sentia mole, era até uma moleza gostosa, o que a tornava ainda mais desesperadora.
Ela me embalava, me fazia sereno, e me sugava a vitalidade.
Mas que tipo de suicida lê a bula?
Eu sabia que a reação seria aquela, eu esperava por aquilo, eu procurei aquilo então eu oscilava entre torcer pra ter tomado o bastante, e rezar pra me safar dessa.
E me deixava embalar, e então o gosto já não era tão mais doce, muito pelo contrário, era amargo doce do fracasso (do qual hoje, em quase sã consciencia, me orgulho muito pela incompetência)
Meu corpo começou a se vingar da atrocidade, e eu só rezava para não ter sequelas.
Vomitava, mas o que queria colocar pra fora infelizmente não estava no meu estômago... Na verdade tudo que chegou no meu estômago nesse dia foram os remédios e meu cúmplice: O copo d'agua.
E eu só rezava pra não ter sequelas, não do meu ato de desistir de não viver, e sim de toda a dor que me encorajou a isso.
Desistir é para os fracos e covardes: Não tenho força e nem coragem o bastante para isso.
" Embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu"
Sarah Westphal
novembro 11, 2011
Mas eu só preciso de um banho de mar
Tá tudo dando errado, eu sei.
Tá tudo errado...
É pai matando filho, é filho matando pai.
Gente morrendo por todo lado.
Mas eu só preciso de um banho de mar.
Eu sei que tá complicado, ta tudo dando errado
é mentira pra todo canto, que se esparramam pelo chão, assim como meu corpo revolto,
envolto em correntes invisiveis, que só eu consigo ver.
Mas eu só preciso mesmo de um banho de mar.
É tanta ignorancia, que pouco a pouco fico ignorante também.
Prefiro ser burra, a ignorancia é uma benção - penso eu.
É como gritar de todo o pulmão ao mundo surdo e cego e cinza e mau.
Mas eu preciso muito de um banho de mar
Me sinto um peixe pego na rede, grande demais pra passar no buraco, pequeno demais pra virar churrasco
Implorando pra voltar pro mar.
Mas é mesmo tudo que preciso, um banho de mar
Eu só preciso de um banho de amar.
Tá tudo errado...
É pai matando filho, é filho matando pai.
Gente morrendo por todo lado.
Mas eu só preciso de um banho de mar.
Eu sei que tá complicado, ta tudo dando errado
é mentira pra todo canto, que se esparramam pelo chão, assim como meu corpo revolto,
envolto em correntes invisiveis, que só eu consigo ver.
Mas eu só preciso mesmo de um banho de mar.
É tanta ignorancia, que pouco a pouco fico ignorante também.
Prefiro ser burra, a ignorancia é uma benção - penso eu.
É como gritar de todo o pulmão ao mundo surdo e cego e cinza e mau.
Mas eu preciso muito de um banho de mar
Me sinto um peixe pego na rede, grande demais pra passar no buraco, pequeno demais pra virar churrasco
Implorando pra voltar pro mar.
Mas é mesmo tudo que preciso, um banho de mar
Eu só preciso de um banho de amar.
agosto 11, 2011
Inundação
E de repente uma tranquilidade tomou conta de mim
Como uma tarde de sol, com pássaros cantando
Era como uma brisa leve... era leve.
Como o mar beijando as pedras, e rindo em burburinhos.
De repente eu não tinha com o que me preocupar, eu não tinha o que resolver
De repente eu não tinha horário, não tinha compromisso, não tinha pressa.
Eu não tenho pressa...
Sou somente eu, e eu
e a paz que me invadiu, pelo simples fato de não ter com o que me importar.
Como uma tarde de sol, com pássaros cantando
Era como uma brisa leve... era leve.
Como o mar beijando as pedras, e rindo em burburinhos.
De repente eu não tinha com o que me preocupar, eu não tinha o que resolver
De repente eu não tinha horário, não tinha compromisso, não tinha pressa.
Eu não tenho pressa...
Sou somente eu, e eu
e a paz que me invadiu, pelo simples fato de não ter com o que me importar.
Tempestade
Só a vi atravessar a rua, mas foi o bastante...
Vi relâmpagos e trovoadas encherem seus olhos, e ecoarem por todo seu rosto.
Tinha o olhar cinza, nebuloso, nublado.
Pra ser sincero, não vi a cor dos seus olhos
Mas vi a cor da sua alma.
junho 15, 2011
julho 09, 2010
io-io
antes o que era ternura
depois que foste
saudade
o buraco que deixaste não fora preenchido
e nem pode
tem sua forma e tamanho
só me cabe agora
esperar que volte
para caber
em mim
depois que foste
saudade
o buraco que deixaste não fora preenchido
e nem pode
tem sua forma e tamanho
só me cabe agora
esperar que volte
para caber
em mim
junho 07, 2010
me tirem tudo
me tirem tudo...
as roupas, comida
me tirem minha casa
mas não tirem meu amor
eu disse, que me tirem tudo!
arranquem meus membros, meus órgãos
que me tirem a vida!
mas não me tirem meu amor
sem ele, nada disso teria valor
por favor
não me tirem
o meu amor!
as roupas, comida
me tirem minha casa
mas não tirem meu amor
eu disse, que me tirem tudo!
arranquem meus membros, meus órgãos
que me tirem a vida!
mas não me tirem meu amor
sem ele, nada disso teria valor
por favor
não me tirem
o meu amor!
maio 17, 2010
Eu poderia viver de arte...
A música vai tocar, vai sim.
Você vai ver, que a sinfonia nunca para
e a tuba do serafim continua com um gato dentro e a velhinha da praça ainda pede "vitrola"...
A Orquestra não é mais do Maestro e sim da Bailarina e do Marinheiro, mas a música vai tocar, vai ser hit parade, 'a melhor banda dos ultimos tempos na ultima semana'
É rock 'n'roll puro com um toque de bossa nova, 'a procura da batida perfeita com o samba de raiz onde eu me inspiro'...
A música nunca para, por mais que tenha um 'Sad old red', sempre teremos um 'voulez vous coucher avec moi?', e 'strangers in the night' 'singing in the rain', até porque pra cantar debaixo de chuva durante a noite, só sendo muito estranho mesmo!
Um dia 'eu vou virar indio' mesmo e não terei ideia do que serão 'segredos de liquificador'
Não vou pegar ninguém na escola e ninguém vai me dar água na boca
Porque a chuva chove sem parar, mas eu não vou fazer prece nenhuma
Ele até pode vir todo de branco, mas ta chovendo e a idéia não é boa.
'Quem me dera ser um peixe', pena que eu não ia querer mergulhar em um límpido aquário...
Mas de qualquer maneira, 'como pode um peixe vivo viver fora da água fria?'
'Não é fácil não pensar em você', mas não é fácil não pensar em um monte de coisas...
Eu não tomo guaraná, não gosto de suco de caju... mas a goiabada aceito com queijo minas para a sobremesa
Chocolate é sim gostoso de comer e gostoso de beber, meu predileto é o branco
Flores de plástico não morrem, mas também não perfumam
Se o essencial é invisivel aos olhos, os cegos não tem perdido muita coisa
E sem dúvida em alguns momentos era melhor ser surdo.
Não rasgue minhas cartas não, deu um trabalho danado escrevê-las.
E pelo amor de Deus, alguém avisa o cupido que eu realmente preciso que ele me deixe em paz!
Por mais que o beijo tenha feito splish splash, não houve tapa depois então ninguém me olhou com olhos de condenação!
No escurinho do cinema eu dispenso os drops de anis, não sou muito fã de balas
E não tem problema você não admitir que me adora e que me acha foda, mesmo porque eu acho essa rima horrivel!
E por mais que você seja ' the only exception', eu posso abrir uma excessão de você.
O tribunal pode entrar em recesso, e eu com certeza vou soprar as velas pedindo pra que você passe um dia sem mentir, pra ver se você consegue falar a verdade.
Eu poderia viver de arte, se a arte não vivesse as minhas custas.
Você vai ver, que a sinfonia nunca para
e a tuba do serafim continua com um gato dentro e a velhinha da praça ainda pede "vitrola"...
A Orquestra não é mais do Maestro e sim da Bailarina e do Marinheiro, mas a música vai tocar, vai ser hit parade, 'a melhor banda dos ultimos tempos na ultima semana'
É rock 'n'roll puro com um toque de bossa nova, 'a procura da batida perfeita com o samba de raiz onde eu me inspiro'...
A música nunca para, por mais que tenha um 'Sad old red', sempre teremos um 'voulez vous coucher avec moi?', e 'strangers in the night' 'singing in the rain', até porque pra cantar debaixo de chuva durante a noite, só sendo muito estranho mesmo!
Um dia 'eu vou virar indio' mesmo e não terei ideia do que serão 'segredos de liquificador'
Não vou pegar ninguém na escola e ninguém vai me dar água na boca
Porque a chuva chove sem parar, mas eu não vou fazer prece nenhuma
Ele até pode vir todo de branco, mas ta chovendo e a idéia não é boa.
'Quem me dera ser um peixe', pena que eu não ia querer mergulhar em um límpido aquário...
Mas de qualquer maneira, 'como pode um peixe vivo viver fora da água fria?'
'Não é fácil não pensar em você', mas não é fácil não pensar em um monte de coisas...
Eu não tomo guaraná, não gosto de suco de caju... mas a goiabada aceito com queijo minas para a sobremesa
Chocolate é sim gostoso de comer e gostoso de beber, meu predileto é o branco
Flores de plástico não morrem, mas também não perfumam
Se o essencial é invisivel aos olhos, os cegos não tem perdido muita coisa
E sem dúvida em alguns momentos era melhor ser surdo.
Não rasgue minhas cartas não, deu um trabalho danado escrevê-las.
E pelo amor de Deus, alguém avisa o cupido que eu realmente preciso que ele me deixe em paz!
Por mais que o beijo tenha feito splish splash, não houve tapa depois então ninguém me olhou com olhos de condenação!
No escurinho do cinema eu dispenso os drops de anis, não sou muito fã de balas
E não tem problema você não admitir que me adora e que me acha foda, mesmo porque eu acho essa rima horrivel!
E por mais que você seja ' the only exception', eu posso abrir uma excessão de você.
O tribunal pode entrar em recesso, e eu com certeza vou soprar as velas pedindo pra que você passe um dia sem mentir, pra ver se você consegue falar a verdade.
Eu poderia viver de arte, se a arte não vivesse as minhas custas.
tanto
tanto fez
que nada concluiu
tanto quis
que nada possuiu
tanto procurou
que nada encontrou
tanto buscou
que nada conseguiu
de tanto chegar
logo partiu
que nada concluiu
tanto quis
que nada possuiu
tanto procurou
que nada encontrou
tanto buscou
que nada conseguiu
de tanto chegar
logo partiu
maio 14, 2010
maio 03, 2010
Arco íris
o meu arco íris eu inventei
com todas as cores
que um dia te dei
e se antes era por você que eu escolhia
hoje vou um pouco além
o meu arco íris eu inventei
ele pode até não ser tão colorido
mas é meu, e de mais ninguém
e se antes era por você que eu vivia
hoje vou um pouco além
Porque nem de tão doce é o viver
e nem de tão amargo é o sofrer
não importa as cores que eu tinha
importa o arco íris que agora eu vou ter
com todas as cores
que um dia te dei
e se antes era por você que eu escolhia
hoje vou um pouco além
o meu arco íris eu inventei
ele pode até não ser tão colorido
mas é meu, e de mais ninguém
e se antes era por você que eu vivia
hoje vou um pouco além
Porque nem de tão doce é o viver
e nem de tão amargo é o sofrer
não importa as cores que eu tinha
importa o arco íris que agora eu vou ter
abril 22, 2010
abril 21, 2010
once
once upon a time,
once for all
i'll take what is mine
and you , please take what is yours
you can leave whats left of my heart
for me to mend
and i'll leave the rest of your lies
for you to remain
that somethings you just can't do
and some people you just can't trust
do what you have to,
whatever you must.
once for all
i'll take what is mine
and you , please take what is yours
you can leave whats left of my heart
for me to mend
and i'll leave the rest of your lies
for you to remain
that somethings you just can't do
and some people you just can't trust
do what you have to,
whatever you must.
abril 20, 2010
by
day by day
thats what they say
night by night
sight by sight
never reveling
what is that feeling
that comes from inside.
thats what they say
night by night
sight by sight
never reveling
what is that feeling
that comes from inside.
Assinar:
Postagens (Atom)