Tamanho o pesar de vê-lo definhar, se fosse meu, eu juro que lhe daria.
Odeio vê-lo, repito ODEIO, vê-lo dessa forma.
É triste, mas não sou o tipo de mulher que se conquista com flores.
É triste mas não sou o tipo de mulher que se conquista, não mais.
Quem compara seu porão fundo e fétido com o meu, consideraria o seu um mar brando de rosas vermelhas.
Você não conhece a minha podridão, porque eu a disfarço, a maquio.Uma bela casca, porém grossa.
E é isso que eu faço de melhor.
Esconder vazio com floreios, colorir uma realidade insípida, que nem ao menos tem direito a tons de cinza.
É um bloco concreto, sem nuances, sem passagens. Uma penitenciária de segurança máxima, para uma única pessoa: Eu.
A única coisa que vem colorindo meus dias tão mais nublados quanto você os vê, têm sido aquele velho batom vermelho, quando me olho no espelho.
Que de vermelho é a unica coisa em meu ser. Meu sangue é lodo, parado em canos por ja não ser bombeado há meses, talvez anos.
Por isso eu lhe digo, com imenso pesar, que se fosse meu eu lhe daria, mas meu coração ja não me pertence.
E se você encontra-lo por ai, em qualquer antiquario, como reliquia, o traga de volta para eu poder limpa-lo e reforma-lo, e quem sabe assim, poder da-lo de presente a você, de aniversário.
Eu sabia que não arrepender-me-ia de visitar este texto e lê-lo inteiro. Belas, intensas, tristes palavras, rimas que abraçam e soltam numa dança que as emoções permitem. Gostaria de reler uma vez por dia durante um mês, as entrelinhas me fascinariam ainda mais. É meu então lhe dou os parabéns,porém não somente pelos teus bem escritos versos, e sim principalmente pelo teu sentimento.
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Sara Melyssa
Muito Obrigada Sara!
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