agosto 24, 2016

Mal incurável

O que foi jamais será diferente
O amor de outrora
Já não se faz latente
Mente
Não bombeia sangue
Não me mantém viva
Sangue preciso
Precioso
Dança sob minha pele
Uma dança cigana
Entre véus de músculos
Atrofiados
Semi-mortos
Amorfos
Sem ar
Ar que respiro
Que preenche meus pulmões
Por que já não és mais oxigênio?
Por que te tornaste tóxico
aos meus pobres brônquios?
Brônquios que já sofrem
De um mal incurável.
Ó incurável coração
Por que não te contentaste com pouco?
Sobrou-te nada
E ainda assim sente-se mais feliz
Por asfixiar-se em saudade

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