agosto 26, 2016

Carta ao (meu) amor

Ao meu grande amor,

Não se demore
Paciência não me foi ensinada
Ou ensaiada

Mas também não tenha pressa
Conheço alguns mistérios do tempo
Respeito os caprichos do destino

Não venha ao meio
Não me contento com pouco
E metade não me preenche

Não escolha tanto as palavras
Não fique mudo
Mas às vezes cale
Para que seus olhos falem mais alto

Não se faça ausente
Mas me permita que sinta sua falta
Sem rancor
Apenas com o gosto agridoce de saudade

Mergulhe em mim
Que em toda minha imensidão
Não falta (a)mar
E nem faltará

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