Eu esperava que passasse
Esperava que melhorasse
Ainda espero
Que algo aconteça
Ou que nada aconteça
Espero que o telefone toque
ou de vez, emudeça
Espero um sinal
Sinal divino
Ou de gente
Mas como já disse
E volto a dizer
Se a saudade não insistisse em doer
Eu seria até capaz de dizer que ela é boa
Mas não sou
Mas não é
E é quando meu peito dói e aperta, quando não há espaço para mais nada além de sentir que tenho duas opções: Ou transbordo em letras, ou em lágrimas.
agosto 29, 2016
agosto 26, 2016
Carta ao (meu) amor
Ao meu grande amor,
Não se demore
Paciência não me foi ensinada
Ou ensaiada
Mas também não tenha pressa
Conheço alguns mistérios do tempo
Respeito os caprichos do destino
Não venha ao meio
Não me contento com pouco
E metade não me preenche
Não escolha tanto as palavras
Não fique mudo
Mas às vezes cale
Para que seus olhos falem mais alto
Não se faça ausente
Mas me permita que sinta sua falta
Sem rancor
Apenas com o gosto agridoce de saudade
Mergulhe em mim
Que em toda minha imensidão
Não falta (a)mar
E nem faltará
Não se demore
Paciência não me foi ensinada
Ou ensaiada
Mas também não tenha pressa
Conheço alguns mistérios do tempo
Respeito os caprichos do destino
Não venha ao meio
Não me contento com pouco
E metade não me preenche
Não escolha tanto as palavras
Não fique mudo
Mas às vezes cale
Para que seus olhos falem mais alto
Não se faça ausente
Mas me permita que sinta sua falta
Sem rancor
Apenas com o gosto agridoce de saudade
Mergulhe em mim
Que em toda minha imensidão
Não falta (a)mar
E nem faltará
agosto 25, 2016
Inesgotável
Sinto-me uma fonte inesgotável de palavras
Vomito sentimentos através das pontas dos dedos
Como uma malabarista balança em cima da corda na ponta dos pés
Sempre tomando cuidado para não cair
Não quero mergulhar em letras
Ou talvez não queira mergulhar em sentimentos, não agora.
Tênue linha para não enlouquecer com as mesquinharias do meu coração
Na verdade é bastante complicado ter certeza de tudo e não ter certeza de nada.
Ainda ontem eu ouvi o quanto estava tudo uma bagunça comigo, e como eu suportava aquilo de forma tão leve
Leve?
Citaram resiliência e inclusive sugeriram que seria uma boa palavra pra mim.
Talvez seja, talvez não.
Ainda não sei e não preciso saber.
Esse não é mais um poema quase bem construído.
Não tem rimas ou métrica ou metáforas para quaisquer que sejam minha intenções.
Ele começou como um, mas como sempre eu me dou ao direito de mudar de ideia no meio do caminho.
Seja qual caminho for.
Eu não tenho casa, literalmente.
E isso não me preocupou por um milésimo de segundo.
Eu não tenho amor, não literalmente.
E isso me tira o sono, a fome e todo o resto
Durante o dia inteiro
Todos os dias
Da última semana.
São sete dias de martírio e marasmo
De culpa e dúvida
Pelo simples fato de que tive certeza,
Em um pequeno e especial momento
Coisa que há muito eu não tinha.
Pode ser uma compensação imbecil
Pode ser uma válvula de escape
Pode ser...
Mas dói.
E dor é bom.
Não, eu não sou masoquista ou sádica (talvez um pouco da segunda opção mas deixa pra uma próxima oportunidade.)
Mas dor lembra a gente que a gente está vivo, dor lembra a gente que ainda é possível sentir algo
Ainda que seja dor.
Em sete dias eu experimentei tantas emoções, que talvez algumas delas não tenham nome ainda.
Em sete dias eu vivi um mês e um ano.
Em sete dias eu vivi uma vida, porque vivi um amor.
E ao sétimo dia meu coração descansa
Feliz
e em paz.
Sei lá, a vida tem desses mistérios.
Vomito sentimentos através das pontas dos dedos
Como uma malabarista balança em cima da corda na ponta dos pés
Sempre tomando cuidado para não cair
Não quero mergulhar em letras
Ou talvez não queira mergulhar em sentimentos, não agora.
Tênue linha para não enlouquecer com as mesquinharias do meu coração
Na verdade é bastante complicado ter certeza de tudo e não ter certeza de nada.
Ainda ontem eu ouvi o quanto estava tudo uma bagunça comigo, e como eu suportava aquilo de forma tão leve
Leve?
Citaram resiliência e inclusive sugeriram que seria uma boa palavra pra mim.
Talvez seja, talvez não.
Ainda não sei e não preciso saber.
Esse não é mais um poema quase bem construído.
Não tem rimas ou métrica ou metáforas para quaisquer que sejam minha intenções.
Ele começou como um, mas como sempre eu me dou ao direito de mudar de ideia no meio do caminho.
Seja qual caminho for.
Eu não tenho casa, literalmente.
E isso não me preocupou por um milésimo de segundo.
Eu não tenho amor, não literalmente.
E isso me tira o sono, a fome e todo o resto
Durante o dia inteiro
Todos os dias
Da última semana.
São sete dias de martírio e marasmo
De culpa e dúvida
Pelo simples fato de que tive certeza,
Em um pequeno e especial momento
Coisa que há muito eu não tinha.
Pode ser uma compensação imbecil
Pode ser uma válvula de escape
Pode ser...
Mas dói.
E dor é bom.
Não, eu não sou masoquista ou sádica (talvez um pouco da segunda opção mas deixa pra uma próxima oportunidade.)
Mas dor lembra a gente que a gente está vivo, dor lembra a gente que ainda é possível sentir algo
Ainda que seja dor.
Em sete dias eu experimentei tantas emoções, que talvez algumas delas não tenham nome ainda.
Em sete dias eu vivi um mês e um ano.
Em sete dias eu vivi uma vida, porque vivi um amor.
E ao sétimo dia meu coração descansa
Feliz
e em paz.
Sei lá, a vida tem desses mistérios.
agosto 24, 2016
Mal incurável
O que foi jamais será diferente
O amor de outrora
Já não se faz latente
Mente
Não bombeia sangue
Não me mantém viva
Sangue preciso
Precioso
Dança sob minha pele
Uma dança cigana
Entre véus de músculos
Atrofiados
Semi-mortos
Amorfos
Sem ar
Ar que respiro
Que preenche meus pulmões
Por que já não és mais oxigênio?
Por que te tornaste tóxico
aos meus pobres brônquios?
Brônquios que já sofrem
De um mal incurável.
Ó incurável coração
Por que não te contentaste com pouco?
Sobrou-te nada
E ainda assim sente-se mais feliz
Por asfixiar-se em saudade
O amor de outrora
Já não se faz latente
Mente
Não bombeia sangue
Não me mantém viva
Sangue preciso
Precioso
Dança sob minha pele
Uma dança cigana
Entre véus de músculos
Atrofiados
Semi-mortos
Amorfos
Sem ar
Ar que respiro
Que preenche meus pulmões
Por que já não és mais oxigênio?
Por que te tornaste tóxico
aos meus pobres brônquios?
Brônquios que já sofrem
De um mal incurável.
Ó incurável coração
Por que não te contentaste com pouco?
Sobrou-te nada
E ainda assim sente-se mais feliz
Por asfixiar-se em saudade
agosto 19, 2016
Descoberta
Busca.
Podes buscar
Em toda ciência
Em toda filosofia
Na alquimia e química
Toda física ilógica
Sem lei
Esquece a filosofia
A arqueologia mitológica
Mágica
Irreal
Esquece Newton
Esquece Freud
Esquece Foucault
Decifra-me ou devoro-te?
Não
Decifro-te e devoro-te!
Com toda biologia quântica
Nuclear
Esquece a ciência
Esquece a medicina
Não há penicilina que te diminua a dor
Nem floral
Nem homeopatia
Nem alcool
Nem apatia
Esquece a astrologia
Esquece a dança
Esquece a música
Esqueça-se em mim
Não se esqueça de mim.
Podes buscar
Em toda ciência
Em toda filosofia
Na alquimia e química
Toda física ilógica
Sem lei
Esquece a filosofia
A arqueologia mitológica
Mágica
Irreal
Esquece Newton
Esquece Freud
Esquece Foucault
Decifra-me ou devoro-te?
Não
Decifro-te e devoro-te!
Com toda biologia quântica
Nuclear
Esquece a ciência
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Não há penicilina que te diminua a dor
Nem floral
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Nem alcool
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